Segundo Haddad, as questões do banco de dados foram preparadas para esse tipo de eventualidade. O tempo necessário para aplicação da segunda prova, informou o ministro, é o de impressão. Ele não precisou em quantos dias a nova versão estará pronta, mas observou que será necessária a impressão de cópias para mais de 4 milhões de estudantes inscritos, o que levará "algumas semanas". No início da tarde, Haddad dará entrevista coletiva para falar sobre o assunto.

O ministro comentou que nunca ocorreu o furto de um exemplar de uma prova do Enem. "E os indícios são fortes de que houve a subtração de um exemplar. Chegou ao nosso conhecimento, por uma jornalista do jornal O Estado de S. Paulo, uma descrição do que ela foi capaz de ver, nas mãos do criminoso, e a equipe técnica do MEC foi à sala-cofre do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e constatou que a descrição que ela fazia correspondia a alguns itens da prova", contou o ministro.

A venda de um exemplar da prova foi proposta ao Estado por um homem que procurou a reportagem e pediu R$ 500 mil. "Nós não vimos o material", disse Haddad, "até porque ele não o entregou para a jornalista, mas, diante da evidência, não nos resta outra opção a não ser adiar a aplicação da prova e reformulá-la, porque essa prova impressa está comprometida." O ministro acrescentou que será feita, agora, não apenas uma investigação para identificar e prender os autores da fraude, mas também para descobrir como foi possível o furto de um exemplar da prova.

Haddad disse que, "graças à atuação do jornal O Estado de S. Paulo", que alertou o ministério, foi possível identificar o furto do exemplar e adiar a prova. Ele assegurou que não haverá consequências para os estudantes inscritos. "Quem está inscrito permanece inscrito. Basta aguardar a nova data e usar o tempo que ganhou em função desse incidente para continuar estudando normalmente, como se fosse fazer a prova daqui a algumas semanas", aconselhou.

Fonte: MSN Notícias