terça-feira, 24 de julho de 2007

Bulgária pedirá à Líbia extradição de enfermeiras


A Procuradoria Geral da Bulgária anunciou nesta quarta-feira (18) que apresentará às autoridades da Líbia um pedido de extradição das cinco enfermeiras e um médico búlgaros cuja pena de morte por supostamente terem infectado mais de 400 crianças líbias com o vírus da aids foi substituída na terça-feira (17) por prisão perpétua. "A Líbia pode negar o pedido, mas, segundo o acordo bilateral, podemos solicitá-lo novamente", acrescentou.O primeiro-ministro búlgaro, Serguei Stanisev, disse que a decisão do Alto Conselho Judicial da Líbia, que substituiu a pena de morte por prisão perpétua, "é um passo para se resolver o caso".Já o presidente búlgaro, Georgi Parvanov, disse que, por enquanto, não se deve falar em uma possível anistia dos acusados após seu retorno à Bulgária.

Mudança na pena
A Justiça da Líbia decidiu nesta terça-feira (17) alterar a pena de morte das cinco enfermeiras búlgaras e do médico palestino que foram condenados por supostamente ter inoculado o vírus da Aids em crianças. Agora, eles terão de cumprir prisão perpétua. As cinco enfermeiras e o médico estão presos desde fevereiro de 1999 e foram sentenciados pela primeira vez à pena de morte em 2004. A acusação é de que eles teriam inoculado de forma proposital o vírus da Aids em 438 crianças de Benghazi, segunda maior cidade da Líbia. Cinqüenta e seis crianças morreram. A decisão da Justiça ocorre no mesmo dia em que as famílias das crianças líbias alegadamente infectadas pelo vírus da Aids aceitaram receber indenizações em troca de sua renúncia à pena de morte exigida contra as enfermeiras e o médico. Uma semana antes, a Suprema Corte da Líbia havia confirmado a pena de morte para as enfermeiras búlgaras e o médico palestino.

Nota: Ao retornarem para casa na Bulgária hoje (24/07/2007), receberam o indulto presidencial (Perdão completo. Não serão nem presos! [Antes que alguém pense, eu digo - "sou contra a pena de morte"]